Meu nome é Felipe Leonardo de Almeida, tenho 23 anos, moro sozinho desde o início de 2006 no bairro do Butantã, minha noiva se chama Leila, não tenho cachorros.
Sou publicitário, mas já vendi sorvetes, fabriquei chinelos e fui hoadie de banda. Embora não seja formado (UNIB, 4º semestre, publicidade-propaganda) e ainda esteja correndo atrás de estágio, me considero publicitário. Trabalho a 10 anos com comunicação, minha aproximação com a profissão veio naturalmente e desde muito cedo. Quando criança, nas brincadeiras, eu sempre falava muita piada, besteirinhas que aparecia de acordo com a situação, eu era o palhaço. Ninguém sabia, (muito menos eu) mas ali estava dando início a um estilo de vida criativo, onde eu usava uma linguagem para transformar aquela interação em momentos mais agradáveis.
Meus primeiros anúncios foram quando surgiram as primeiras frases escritas. Eu juntava alguns poeminhas com corte-e-vincos inovadores e fazia inúmeras cartinhas para minha mãe, vendendo o meu amor por ela. Para o meu pai fiz uma agenda telefônica, mas ele nem ligou então nunca mais fiz nada.
Talvez como meu corte-e-vinco e ilustrações não eram tão bons assim, iniciei uma pesquisa natural. Lia muitos e muitos gibis, pegava livros pela capa, e a apresentação das coisas tornou-se importante para mim.
Como dizem, ¨se você construir, eles virão¨. Um primo de minha mãe viu uma ilustração que eu tinha feito no paintbrush, e me convidou para trabalhar em sua recém-inaugurada empresa de comunicação visual.
Pela primeira vez eu tinha que cuidar da necessidade de expressão de outro alguém, que tinha seu próprio mundo e suas expectativas. Reparei que o mundo corporativo tinha uma necessidade de comunicação imensa, e isso era uma oportunidade profissional para mim (reparei hoje, na época eu cortava o dedo todo dia, ia pra escola cheio de adesivo no cabelo e gostava do que fazia). Então eu aprendi a beber, deixei o cabelo crescer, e decidi trabalhar:
Pequena Observação:
Essa é a minha infância, quase tudo que sou devo a esses momentos, e quando quero retomar a meada, tento sempre recorrer a pureza dessa época. Antes que pensem que acho ser capacitado para a vaga porque minha mãe me acha brilhante, quero dizer que já apanhei muito, de gente grande e também de gente pequena. E humildade vem junto no pacote.